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AULA VII POEMAS

AULA VII POEMAS

A Poesia se trata de um gênero literário. Ela pode ser caracterizada pela composição em versos estruturados de forma harmoniosa, ou não. É uma exibição de beleza e estética demonstrada pelo poeta em forma de palavras.

Além das rimas a poesia é uma expressão de sentimento, ou lamentação. E não precisa necessariamente ter rimas. Ela tem por objetivo de ser tudo aquilo que comove, que sensibiliza e estimula sentimentos. Resume se na arte que inspira e encanta, que é grandiosa e linda.

Atributos é um conjunto de características que designam um ser, ou algo. E os atributos da Poesia são: o ritmo, os versos e as estrofes.

Conforme os poetas utilizam os recursos literários específicos na composição de um poema eles se distinguem em estilo.

Na Poesia Moderna os versos livres não seguem nenhuma métrica. E o autor tem plena liberdade para elaborar o seu próprio ritmo e criar as suas próprias normas.

Pontos abordados nesta Matéria:

POEMA, DIFERENÇA ENTRE A POESIA E O POEMA, ELEMENTOS DO POEMA, CLASSIFICAÇÃO USUAL DAS RIMAS NA TRADIÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA, TONICIDADE, SONORIDADE, VALORES, VERSIFICAÇÃO.

 

  1. POEMA

 

Um poema se trata de uma obra literária. Normalmente caracterizada por versos e estrofes (ainda que possa existir prosa poética, assim designada pelo uso de temas específicos e de figuras de estilo próprias da poesia).

 

  1. DIFERENÇA ENTRE A POESIA E O POEMA

 

Existe uma distinção entre poesia e poema. Conforme ensinam muitos autores, a poesia consiste na composição dos poemas, é aquilo que inspira, toca e encanta. E o poema é um objeto literário, exemplo: o Livro. A parte material, concreta.

  • POEMA: obra em verso em que há poesia.
  • POESIA: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.
  1. ELEMENTOS DO POEMA

 

  1. POESIA: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.
  2. POEMA: Obra em verso em que há poesia. A parte concreta, material.
  3. ESTROFE: Conjuntos, ou grupos de versos.
  4. VERSO: A frase, ou o período de natureza poética.
  5. RITMO: (do grego rhuthmós [movimento regular]) consiste na sucessão de tempos fortes e fracos que se alternam com intervalos regulares. O termo é usual também para referir-se à variação da frequência de repetição de um fenômeno no tempo, notadamente os sons. O estudo do ritmo, entoação e intensidade de um discurso chama-se prosódia. Existe também a prosódia musical, visto que a música também é considerada uma linguagem. Em poesia, o estudo do ritmo chama-se métrica.
  6. RIMA: é uma homofonia externa, em um sentido antigo, na tradição literária de língua portuguesa, constante da repetição da última vogal tônica do verso e dos fonemas que eventualmente a seguem. No entanto, a rima pode ser classificada segundo sua Posição no Verso, sua Posição na Estrofe, a sua Sonoridade, a Tonicidade e ainda o seu Valor, podendo-se rimar, pouco usualmente, consoantes, e, na tradição de língua inglesa, sílabas átonas. Ou seja, o uso e o conceito usual de rima pode variar de uma língua para outra. Existem ainda outras possibilidades de rima usadas ao longo da história, mas somente estudadas a partir do século XX.[1]

 

  1. CLASSIFICAÇÃO USUAL DAS RIMAS NA TRADIÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA

 

  • POSIÇÃO NO VERSO

 

Externa - Quando a rima aparece ao final do verso. É o tipo mais comum de rima. Lembranças, que lembrais meu bem passado.

“Para que sinta mais o mal presente
Deixai-me se quereis viver contente
Não me deixeis morrer neste estado”

 (Lembranças, que lembrais meu bem passado, Thiago Augusto Cardoso da Silva)

 

 

  • POSIÇÃO NA ESTROFE

 

Cruzada ou alternada: O primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo com o quarto.

“Minha desgraça, não, não é ser poeta,

Nem na terra de amor não ter um eco,
É meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco”

 (Minha Desgraça, Álvares de Azevedo)

 

 

  • INTERPOLADA OU INTERCALADA

 

Frequentemente usada em sonetos, o primeiro verso rima com o quarto, e o segundo com o terceiro.

“Eu, filho do carbono e do amoníaco,

Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco”

 (Psicologia de um Vencido, Augusto dos Anjos)

 

  • EMPARELHADA

O primeiro verso rima com o segundo, e o terceiro com o quarto.

 “Aos que me dão lugar no bonde e que conheço não sei de onde,
aos que me dizem terno adeus sem que lhes saiba os nomes seus”

 (Obrigado, Carlos Drummond de Andrade)

 

  • ENCADEADA OU INTERNAS

 Quando rimam palavras que estão no fim do verso e no interior do verso seguinte:

“Salve Bandeira do Brasil querida
Toda tecida de esperança e luz
Pálio sagrado sobre o qual palpita”

 

  • MISTURADAS

Não tem ordem determinada entre as rimas

A chuva chove mansamente em resende ... como um sono

Que tranquilize, pacifique, resserene...
A chuva chove mansamente... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine...
E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono...
Véspera triste como a noite, que envenene
·... Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha...
Paço de imensos corredores espectrais,
Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais

 (A Chuva Chove, Cecília Meireles)

 

  • VERSOS BRANCOS OU SOLTOS

São os versos que não tem rima A rosa com cirrose

“A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada”

 (Rosa de Hiroshima, Vinícius de Moraes).

 

  1. TONICIDADE
    • AGUDAS OU MASCULINAS

 Quando a rima acontece entre palavras oxítonas ou monossilábicas. Exemplo: Valor/Amor, és/viés.

 

  • GRAVES OU FEMININAS

 Quando a rima acontece entre palavras paroxítonas. Exemplo: Santa/planta, mala/sala, toque/choque.

 

  • ESDRÚXULAS

Quando a rima acontece entre palavras proparoxítonas. Exemplo: Mágico/Trágico, Fábula/tábula.

 

  1. SONORIDADE

 

  • PERFEITAS

Consoantes, soantes, totais: Há uma perfeita identidade dos sons finais, assim como uma semelhança entre as últimas vogais e consoantes. Exemplo: Fada/dourada, rosa/formosa, anil/Brasil.

 

  • IMPERFEITAS

 

Assonantes, toantes, parciais: Quando, ou há identidade apenas entre as vogais finais, não havendo necessariamente identidade entre os sons finais, ou quando a sonoridade é semelhante, mas a grafia das palavras é diferente. Exemplo: Estrela/vela, vertigem/virgem, mais/faz, seis/fez, boca/foca.

 

  1. VALORES
    • POBRES

Quando a rima acontece entre palavras da mesma classe gramatical. Exemplo: Falar/amar, o calor/o sabor, bonito/bendito.

 

 

  • RICAS

 Quando a rima acontece entre palavras de classes gramaticais diferentes. Exemplo: Cantando/bando, mar/navegar, vagos/lagos e quem/tem.

 

  • RARAS

Quando a rima acontece entre palavras de difícil combinação melódica. Exemplo: Cisne/tisne.

 

 

  • PRECIOSAS

Rimas entre verbos na forma verbo-pronome com outras palavras. Exemplo: Estrela/tê-la, Tranqüilo/segui-lo.[2]

 

  1. VERSIFICAÇÃO

 

É uma linha poética, com número determinado de sílabas e agradável movimento rítmico.

 

  • VERSO

 

  É uma linha poética, com número determinado de sílaba e agradável movimento rítmico. No verso tradicional, devemos distinguir o metro, o ritmo e a rima.

 

  • METRO

 

É medida ou extensão da linha poética. Os poetas de língua portuguesa têm usado, dentro da poética tradicional, doze espécies de versos: de uma até doze sílabas. São, relativamente, raros os exemplos de versos metrificados que ultrapassam essa medida.

 Segundo o número de sílabas, os versos se dizem: monossílabos, hexassílabos, heptassílabos, octossílabos, eneassílabos, decassílabos, hendecassílabos ou dodecassílabos.

Alguns versos possuem ainda denominações especiais: redondilha menor (5 sílabas), redondilha maior (7 silabas), heroico (10 silabas), alexandrino (12 silabas).

As sílabas métricas, isto é, as sílabas dos versos nem sempre coincidem com as sílabas gramaticais. A contagem das sílabas faz-se auditivamente e subordina-se aos seguintes princípios:

 

  • RITMO

 

         O ritmo resulta da regular sucessão de sílabas átonas (fracas) e de sílabas tônicas (fortes). É o elemento melódico do verso, tão essencial e indispensável à poesia quanto à música. Justamente com a rima, transmite aos versos um misterioso poder de emoção e encantamento.

 Os acentos tônicos, ou sílabas tônicas, devem repetir-se com intervalos regulares, d modo a cadenciar o verso e torná-lo melodioso. Não se distribuem arbitrariamente, mas, segundo a espécie do verso, deve recair em determinada sílabas, de acordo com os seguintes critérios:

  • Os versos monossílabos, muito raros, tem um só acento tônico ou predominante. Exemplo:

         

“Pingo d’água

Pinga bate

 Tira mágoa”

 

“Quem

Não tem

Seu bem

Vem?”

“Ou vem

Mas em vão

Quem?”

 

      (Cassiano Ricardo)

 

Os versos dissílabos, poucos frequentes, tem o acento tônico na segunda sílabas.

 

 

 

 

[1]RITMO. In: WIKIPÉDIA, (2012)

 

[2]RIMA. In: WIKIPÉDIA, (2012).