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AULA VI: ESTILOS

AULA VI: ESTILOS

Estilo fala de um conceito da história da arte de significado amplo e muitas vezes vagos. Comumente indica uma série de características, mais ou menos, constantes e definidas que permitem a identificação da arte produzida em certo período histórico (estilo medieval, por exemplo), em uma região (o estilo francês), por um grupo de artistas (estilo dos Itinerantes), de um único artista (o estilo de Michelangelo) ou de uma fase em sua carreira (as três fases de Beethoven) de uma corrente estética (estilo neoclássico), e permitem relacionar uma obra à sua origem.

A análise estilística pode ser capaz de definir a autoria ou a origem geográfica ou cronológica de um objeto quando outra identificação não é disponível, como uma assinatura, uma datação ou uma descrição literária ligando o objeto a um autor, local ou contexto histórico.

No nosso caso, trataremos dos estilos dos textos e das artes literárias.

 

  1. ESTILOS DE TEXTOS

 

Tipo textual é a forma como um texto se apresenta. As únicas tipologias existentes são: narração, descrição, dissertação, exposição, informação e injunção. É importante que não se confunda tipo textual com gênero textual.

 

  • TEXTO NARRATIVO

 

Tipo textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo personagens. Refere-se a objetos do mundo real ou fictício. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou A Bela Adormecida, até as piadas do cotidiano.

 

  • TEXTO DESCRITIVO

 

Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega.

 

  • TEXTO ARGUMENTATIVO

 

Esse texto tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o de aceitar uma idéia imposta pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos e cartas abertas, e quando também mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um texto dissertativo-argumentativo.

 

  • TEXTO DISSERTATIVO (OU EXPOSITIVO)

 

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.

 

 

  • TEXTO INJUNTIVO

 

Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, convenções, regras, e eventos.

 

  • OUTROS TIPOS DE TEXTOS

 

Não há outros tipos de texto senão os citados acima. Ao contrário do que se imagina, existem apenas 5 tipos textuais. Diálogo, relato, entrevista, explicação, entre outros, são gêneros textuais.

Poesia e Prosa são formas literárias ou formas textuais.

Texto épico, dramático e lírico são gêneros literários. Geralmente, percebe-se uma confusão entre os conceitos de 'gênero textual' e 'tipo textual'. Existem apenas 6 tipos de textos, que são os citados acima. Tipo de texto ou tipo textual é o conteúdo do texto e o formato padrão comum dele. Gênero textual é a forma variada do texto. Um gênero textual não tem quantidade limitada: pode surgir um novo a qualquer momento. Qualquer pessoa pode "criar" um novo gênero textual, porém tipo não.[1]

 

 

  1. OS PRINCIPAIS ESTILOS LITERÁRIOS DO BRASIL

 

  • ARCADISMO
    Valoriza a razão, os clássicos de gregos e romanos e a linguagem simples, usando temas ligados ao campo. Destaques: Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa e Alvarenga Peixoto.

    2. REALISMO

Luta por causas sociais e critica os valores burgueses. A linguagem é impessoal e objetiva. Nas histórias, são explorados os perfis psicológicos dos personagens e o lugar deles na sociedade. Destaques: Raul Pompéia e a fase madura de Machado de Assis.


2.3.   NATURALISMO

Acontece junto com o realismo e tem características parecidas. A diferença é que é mais explícito. Excrementos e taras são comuns nesse estilo. Destaque: Aluízio de Azevedo, autor de O Cortiço.


2.4.  PARNASIANISMO

Os parnasianos se opunham ao realismo e ao naturalismo. Para esses escritores, o importante é a arte pela arte, versos perfeitos, rimas ricas e muito comportadas. Destaques: a tríade de poetas Olavo Bilac, Raimundo Correa e Alberto de Oliveira.


2.5. SIMBOLISMO

Inspirado em obras francesas, fala de espiritualidade com muitas metáforas, em poemas que parecem descrições de sonhos. Procurava mostrar que as coisas podem assumir valores simbólicos. Destaques: Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens.


2.6.  PRÉ-MODERNISMO

Nessa época, os escritores só têm um traço em comum: serem diferentes. As obras trazem influências dos estilos anteriores, mas com inovação, preparando o terreno para a revolução modernista. Destaques: Augusto dos Anjos, Euclides da Cunha e Lima Barreto.


2.7.  MODERNISMO

Valoriza linguagem cotidiana, a liberdade de expressão e a brasilidade. O grande marco é a Semana de Arte Moderna, que aconteceu em São Paulo, em 1922. A segunda geração foi a do Romance de 30, livros regionalistas e engajados. Destaques: Mário de Andrade, Oswald Andrade, Carlos Drummond de Andrade (não são parentes), Graciliano Ramos, Jorge Amado e Erico Verissimo.


2.8. AUTORES CONTEMPORÂNEOS

Nas últimas décadas, não há movimentos claramente identificados ou autodenominados, como os modernistas. É como se cada autor estivesse trilhando o seu caminho. Há experimentação formal e reflexões sobre a vida moderna. Destaques: Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Rubem Fonseca e Carlos Heitor Cony.

 

2.9. CRÔNICAS

Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é o deus grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade. Mas não é só isso. Lendo esse texto, você conhecerá as principais características da crônica, técnicas de sua redação e terá exemplos.

Uma das mais famosas crônicas da história da literatura luso-brasileira corresponde à definição de crônica como "narração histórica". É a "Carta de Achamento do Brasil", de Pero Vaz de Caminha “, na qual são narrados ao rei português, D. Manuel, o descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses passaram aqui. Mas trataremos, sobretudo, da crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia. Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis:

 

  • O NASCIMENTO DA CRÔNICA

 

“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e lá glace est rompue está começada a crônica. (...)

(Machado de Assis. "Crônicas Escolhidas". São Paulo: Editora Ática, 1994)

Publicada em jornal ou revista onde é publicada, destina-se à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos.

A crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular.

O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor é que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos de o dia a dia comuns em as grandes cidades.

 

 

2.10. BIOGRAFIA

 

Biografia é o relato de vida de uma determinada pessoa, geralmente são conhecidas as de celebridades e outras pessoas famosas, uma vez que, bio significa vida, e grafia, escrita, e biografia é um termo de origem grega.

Biografia é a escrita da vida, é um documento que consta a trajetória de vida de uma pessoa, o que ela faz como fez, quais foram suas conquistas durante a vida, e geralmente a biografia é feita quando a pessoa morre, e por uma outra pessoa, especialmente alguém que conhecia de perto o indivíduo.

Biografia também é um gênero literário, onde um autor conta a história de vida de uma ou mais pessoas. A biografia é geralmente feita de pessoas reconhecidas mundialmente, como políticos, escritores, cientistas, esportistas, ou alguém que deu uma contribuição importante para o mundo, como a Princesa Diana.

Existem as biografias feitas pelo próprio autor, conhecidas, como autobiografia. Muitas vezes as biografias, especialmente de celebridades, causam polêmicas, uma vez que caso seja dito algo que era totalmente desconhecido, pode-se gerar certa desconfiança, até mesmo de amigos e familiares.

 

 

 

 

 

2.11. DRAMA

 

Drama é uma palavra de origem grega que significa "ação". No teatro, o drama é a composição teatral que mistura elementos da comédia e da tragédia. É também uma designação do próprio teatro.

Um drama é um texto de ficção cuja história é caracterizada por um desenrolar de acontecimentos semelhantes aos da vida real. É um termo utilizado no cinema e televisão para classificar o gênero de filme, série, etc.

A ópera é uma forma de arte dramática originada no clássico drama grego. A pantomima é também uma forma de drama com origem na Grécia Antiga. A pantomima é caracterizada pela representação através de gestos e expressão corporal.

O termo também designa uma situação catastrófica, que causa dor e sofrimento. Uma situação dramática. Por exemplo, "o drama daqueles que perderam suas casas em decorrência das enchentes".

Em o sentido figurado, a palavra drama é frequentemente utilizada para caracterizar o comportamento de um indivíduo que demonstra certo exagero nas suas queixas sobre uma determinada situação, por exemplo, "ele só está fazendo drama".

 

2.12. ROMANCE

 

A classificação dos tipos de romances é um tanto confusa pelo simples fato de dependerem de pontos de vista. Por isso todas são passíveis de discussão. Nosso objetivo não é discutir o problema, nem os pontos de vista dos estudiosos do assunto, mas, sim, apresentar os tipos como referenciais para pesquisas mais profundas. Assim, relaciono abaixo, apenas alguns, de acordo com o tipo de abordagem (tema principal), conforme pesquisas feitas em diversas fontes:

 

  • O ROMANCE URBANO: ou de Costume tem como principal característica retratar e criticar os costumes da sociedade.

 

  • O ROMANCE SERTANEJO: ou Regionalista (tipicamente brasileiro) aborda questões sociais a respeito de determinadas regiões do Brasil, destacando suas características. Foi à atração pelo pitoresco e o desejo de explorar e investigar o Brasil do interior, que fizeram os autores românticos se interessarem pela vida e hábitos das populações que viviam distantes das cidades. Bernardo Guimarães foi um dos iniciadores do regionalismo romântico com a publicação de O Ermitão de Muquém(1869), seguido por Visconde de Taunay e Franklin Távora. Uma safra de bons escritores continuou a retratar o homem no ambiente das zonas rurais, com seus problemas geográficos e sociais. Por exemplo: Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Érico Veríssimo, JorgeAmado, entre outros.

 

  • O ROMANCE HISTÓRICO: surgiu no início do século XIX, e tinha como característica a reconstrução dos costumes, da fala e das instituições do passado. Para tanto, servia-se de enredo fictício e a mistura de personagens históricos e de ficção O primeiro romance histórico da literatura universal foi Waverley(1814), de Sir Walter Scott; mas o que serviu de modelo a todos os outros, foi O Coração de Midlothian(The Heart ofMidlothian,1818) do mesmo autor. O maior de todos os romances históricos foi Guerra e Paz(Voina i mir, 1869), de Tolstoi. Do romance histórico derivou-se o subgênero chamado "romance de capa e espada", cujo mestre foi o francês Alexandre Dumas, autor de Os Três Mosqueteiros(LesTroisMousquetaires,1844). No Brasil, foi um dos principais meios encontrados pelos românticos para a reinterpretação nacionalista de fatos e personagens da nossa história, numa revalorização e idealização de nosso passado. Nessa linha, os autores mais importantes são: José de Alencar, As Minas de Prata, A guerra dos Mascates; Bernardo Guimarães, Lendas e Romances, Histórias e Tradições da Província de Minas Gerais; Franklin Távora, O Matuto, Lourenço. Atualmente nosso o romance histórico, consegue fundir narrativa policial, fatos políticos e abordagem histórica como em Agosto, de Rubem Fonseca, que expõe os acontecimentos políticos que levaram Getúlio Vargas ao suicídio; Olga, de Fernando Morais que retrata a história da esposa de Luís Carlos Prestes, entregue aos alemães nazistas pelo governo de Getúlio; para só citar esses.

 

  • O ROMANCE INDIANISTA: traz o índio e os costumes indígenas, como foco literário. Considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, o índio era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos.

 

  • O ROMANCE PSICOLÓGICO: prefere perscrutar e analisar os motivos íntimos das decisões e indecisões humanas. O primeiro exemplo perfeito do gênero foi: As ligações Perigosas (LesLiaisonsDangereuses, 1782), de ChoderlosLaclos. Entretanto, o prestígio do romance psicológico só chegou ao auge por volta de 1880, quando Stendhal foi redescoberto e Dostoievski traduzido. Deste último, Crime e Castigo (Prestupleniei Nakazanie, 1866) é uma das obras-primas do gênero. Na Literatura Brasileira o romance psicológico tem seu marco inicial com Dom Casmurro, de Machado de Assis. Outros romances foram: Perto do Coração Selvagem e Laços de Família, de Clarice Lispector; São Bernardo, de Graciliano Ramos; A Menina Morta Cornélio Pena; Crônica da Casa Assassinada, Lúcio Cardoso; entre outros.
  • O ROMANCE GÓTICO: surgiu como uma reação ao racionalismo iluminista e, ao mesmo tempo, ao aristocratismo. Foi cultivado, sobretudo na Inglaterra e caracterizou-se pelo vivo interesse na Idade Média: a beleza da arquitetura gótica, as sociedades secretas, a Inquisição, e os monges. Geralmente, é ambientado em cenário lúgubre e desolado: conventos, castelos assombrados, cemitérios. Aborda toda série de horrores, mistérios terrificantes, torturas etc. A Alemanha produziu um dos mais conhecidos romances góticos:As Drogas do Diabo (ElixirendesTeufels, 1816)de Hoffmann. Nos Estados Unidos, o gênero foi representado por Charles Brockden Brown, que influenciou os contos de horror de Edgar Allan Poe. Na Inglaterra, Mary Shelley, que escreveu Frankenstein (1818), em que já aparecem elementos de ficção científica. No Brasil, Álvares de Azevedo (1831-1852), nos deixou muitos poemas, contos e peças teatrais com ingredientes que o tornam o mais representativo autor brasileiro da literatura gótica. A Lira dos Vinte Anos(1853) e a coletânea de contos A Noite na Taverna (1855), publicados após sua morte, é considerado o que há de mais gótico na literatura brasileira Sérgio.

 

  1. FIGURAS DE LINGUAGEM

 

São recursos usados pelo falante para realçar a sua mensagem.

 

  • ELIPSE – ZEUGMA

Veja os exemplos:

1-Na estante, livros e mais livros.
2-Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.

No 1º exemplo temos uma elipse, já no 2º, a figura que aparece é o zeugma.

A elipse consiste na omissão de um termo que é facilmente identificado.

No exemplo 1, percebemos claramente que o verbo “haver” foi omitido.
No exemplo 2, ocorre zeugma, que é a omissão de um termo que já fora expresso anteriormente.

“Ele prefere um passeio pela praia; eu, (prefiro) cinema.” (Não houve necessidade de repetir o verbo, pois entendemos o recado).

 

  • PLEONASMO

Na oração: “Ela cantou uma canção linda!”, houve o emprego de um termo desnecessário, pois quem canta, só pode cantar uma canção.

Na famosa frase: “Vi com meus próprios olhos.”, também ocorre o mesmo.
Pleonasmo é a repetição de ideias.

 

 

Exemplos:
Correm pelo parque as crianças da rua.
Na escada subiu o pintor.

As duas orações estão na ordem inversa.
O hipérbato consiste na inversão dos termos da oração.

Na ordem direta ficaria:

As crianças da rua correm pelo parque.
O pintor subiu na escada.

 

  • ANACOLUTO

 

É a falta de nexo que existe entre o início e o fim de uma frase.

Dois gatinhos miando no muro, conversávamos sobre como é complicada a vida dos animais.

Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a natureza.

 

  • SILEPSE

É a concordância com a ideia e não com a palavra dita.
Pode ser: de gênero, número ou pessoa.

5.1. SILEPSE DE GÊNERO

(masc./fem.) Vossa Excelência está admirado do fato?

O pronome de tratamento “Vossa Excelência” é feminino, mas o adjetivo “admirado” está no masculino. Ou seja, concordou com a pessoa a quem se referia (no caso, um homem).
Aqui temos o feminino e o masculino, logo, silepse de gênero.

5.2. SILEPSE DE NÚMERO

(singular/plural)

Aquela multidão gritavam diante do ídolo.

Multidão está no singular, mas o verbo está no plural.
“Gritavam” concorda com a ideia de plural que está em “multidão”.

Mais exemplos.

A maior parte fizeram a prova.
A grande maioria estudam uma língua.

5.3. SILEPSE DE PESSOA

Todos estávamos nervosos.

Esta frase levaria o verbo normalmente para a 3ª pessoa (estavam – eles) mas a concordância foi feita com a 1ª pessoa(nós).
Temos aqui 2 pessoas ( eles e nós ) logo, silepse de pessoa.

Mais exemplos:

As duas comemos muita pizza. (elas – nós)
Todos compramos chocolates e balas.(eles – nós)
Os brasileiros sois um povo solidário. (eles – vós)
Os cariocas somos muito solidários.(eles – nós)

1-Aquele homem é um leão.

Estamos comparando um homem com um leão, pois esse homem é forte e corajoso como um leão.

2-A vida vem em ondas como o mar.

Aqui também existe uma comparação, só que desta vez é usado o conectivo comparativo: como.

O exemplo 1 é uma metáfora e o exemplo 2 é uma comparação.

Exemplos de metáfora.

Ele é um anjo.
Ela uma flor.

Exemplos de comparação.

A chuva cai como lágrimas.
A mocidade é como uma flor.

Metáfora: sem o conectivo comparativo.
Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como).

Aqui também existe a comparação, só que desta vez ela é mais objetiva.

Ele gosta de ler Agatha Christie.
Ele comeu uma caixa de chocolate.
 (Ele comeu o que estava dentro da caixa)
A velhice deve ser respeitada.
Pão para quem tem fome. (“Pão” no lugar de “alimento”)
Não tinha teto em que se abrigasse. (“Teto” em lugar de “casa”).

 

  • PERÍFRASE – ANTONOMÁSIA

A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval.
O Rei das Selvas está bravo.
A Dama do Suspense escreveu livros ótimos.
O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema.

Nos exemplos acima notamos que usamos expressões especiais para falar de alguém ou de algum lugar.

Cidade Maravilhosa: Rio de Janeiro
Rei das Selvas: Leão
A Dama do Suspense: Agatha Christie
O Mestre do Suspense: Alfred Hitchcock

Quando usamos esse recurso estamos empregando a perífrase ou antonomásia.
Perífrase, quando se tratar de lugares ou animais.
Antonomásia, quando forem pessoas.

  • CATACRESE

A catacrese é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do seu real sentido.

Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
A asa da xícara quebrou-se.
O pé da mesa estava quebrado.
Vou colocar um fio de azeite na sopa.

  • ANTÍTESE

Emprego de termos com sentidos opostos.

Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente.
A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz.

 

Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro.
Acho que não fui feliz nos exames.

O intuito dessas orações foi abrandar a mensagem, ou seja, ser mais educado.
No exemplo 1 o verbo “roubar” foi substituído por uma expressão mais leve.
O mesmo ocorre com o exemplo 2, “reprovado” também foi substituído por uma expressão mais leve.

 

 

 

  • IRONIA

Que homem lindo! (quando se trata, na verdade, de um homem feio.)
Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor! Que bolsa barata, custou só mil reais!

 

É o exagero em a afirmação.

Já lhe disse isso um milhão de vezes.
Quando o filme começou, voei para casa.

 

  • PROSOPOPEIA

Atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. A formiga disse para a cigarra: “Cantou… agora dança!”.

 

 

 

 

 

 

 

[1]In: WIKIPÉDIA, 2012