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AULA V REVISÃO DE TEXTOS

AULA V REVISÃO DE TEXTOS

Esta Matéria é a essência de este Curso. Corrigir texto é a função primordial de um escritor. Mesmo que é preciso outra pessoa que entenda, da referida função, corrigir também o teu livro, todavia, você é o principal responsável pela obra.

Desta vez, não vamos mostrar o que esperamos de você com esta Matéria. E nem apresentar, antecipadamente, os tópicos.

Aprenda corrigir textos, ou melhor, um livro todo:

 

  1. OS PERÍODOS DEVEM SER PEQUENOS

 

             Um período, neste caso, é uma frase. Refere-se à parte textual que inicia com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. As frases precisam ser construídas com, aproximadamente, dez termos. Porque um período que tenha mais de 15 termos pode perder a sua clareza e a objetividade. Isto é, além de denegrir a mensagem e deixar a leitura muito cansativa.

                   Um dos maiores escritores brasileiros, a saber, Machado de Assis, atraiu toda a população do Brasil, escrevendo assim.

Treine construir períodos completos, mas, porém, pequenos.

 

  1. É PRECISO OBJETIVIDADE

 

           Não permita palavras desnecessárias. Exemplos: “ré para trás”, “subi para cima”, “descer para baixo”, “sair para fora”, “mais pequeno”, etc.. Escreve, somente, o necessário. Exemplos: “ré”, “subi”, “descer”, “sair”, “menor”, etc..

Uma frase repleta de rodeios e com palavras desnecessárias, o leitor precisa ler duas vezes, ou mais, para entender o que o escritor quer dizer. E quando entende.

 

 

 Veja o exemplo abaixo:

“Fiquei muito mais alegre e feliz, pelo fato, das minhas dívidas terem vindo bem mais pequenas em todo este mês” .Enquanto poderia escrever: “Fiquei feliz porque meus gastos foram menores este mês”.

Caro acadêmico do Curso de Formação de Escritor, não maltrate o leitor, faz tudo para que ele tenha uma leitura clara e agradável.

 

 

 

 

 

  1. DEVE SER SIMPLES

 

 Caso seja necessário incluir uma palavra muito complicada, dê o seu significado. Os grandes escritores eram simples.

 Com a simplicidade, os leitores sentem-se mais a vontade. Eles aprendem a mensagem com facilidade. E não se aborrecem. Lembre-se você só as ganhas com simplicidade.

Mas não confunda, simplicidade com linguagens coloquiais e regionais. A linguagem utilizada na escrita precisa ser a culta, aquela que se aprende na gramática.

 Importante: Elaborem de uma a três questões, relativas ao teu trabalho, para teus leitores resolver. Pede-os para dar uma nota para o teu trabalho. Lembre-se, são eles que nós teremos de agradar.

 

  1. SEJA CLARO

 

Constrói textos claros. Opte pelas palavras denotativas. Isto é, palavras que não dependem de uma interpretação. Evite as palavras conotativas. Aquelas que precisam de interpretação. Facilite o máximo para seus leitores.

Antes de publicar tua obra, pede, no mínimo, duas pessoas para ler todos os teus textos. E certifique se eles entenderam, com facilidade, todos eles. Tenha uma pessoa amiga, que domine bem o português, para esse fim. Se esta pessoa for crítica, é melhor.

 

  1. NÃO REPITA PALAVRA

 

            Somente, repita palavras nos três períodos (frases) adjacentes (vizinhos) se não houver mesmo, uma substituta. Repetição de palavras sem necessidade trata-se de um grande desastre no texto.

Veja alguns exemplos:

  • Exemplos 1: “O homem levantou e depois se aprontou, depois foi ao dentista, depois foi à farmácia, depois foi à casa de um amigo e depois voltou”. Este período deve ser escrito, mais ou menos, assim: “O homem levantou, aprontou-se, depois foi ao dentista, em seguida dirigiu-se à farmácia, após passou à casa de um amigo e posteriormente, voltou”.
  • Exemplo 2: Paulo de perseguidor, passou a ser perseguido. Paulo foi o maior pregador, depois de Cristo”. Estas frases precisam ser escritas assim: Paulo de perseguidor passou a ser perseguido. Ele foi o maior pregador, depois de Cristo”.
  • Exemplo 3: “Maristânia foi a primeira pessoa que começou a trabalhar comigo, que também convidou a Sheila”. Para não repetir duas vezes o termo de ligação “Que” é sugerido escrever assim: “Maristânia foi a primeira pessoa que começou a trabalhar comigo, a qual, também convidou a Sheila”. Observe que a letra “a” foi repetida quatro vezes, mas neste caso, não há um termo substituto.

 

  1. NÃO PERMITE RIMAS, EXCETO NA COMPOSIÇÃO DE POEMAS.

 

Exemplos: “Margarida levou toda vida para atravessar a avenida”. Uma das sugestões para escrever esta frase seria: “Margarida demorou a atravessar a rua”. “Ou, fiz uma redação de narração de uma festa de São João”. Correção: 1) narrei uma festa junina; 2) fiz-me uma narração de uma festa junina; 3) narrei uma festa de São de João. 

 

 

  1. FAÇA DESCRIÇÕES

 

As descrições referem-se nas inclusões dos detalhes inanimados no texto. Exemplos: “árvores, flores, odores, vento, nuvens, sol, chuvas, serenos, frio, calor, cores, tamanho, gustação, etc.”.  Tudo isto, contribui para garantir que os seus leitores, leiam o teu livro, como se tivessem assistindo a um filme.

 

  1. FAÇA PARÁGRAFOS PEQUENOS

 

Os parágrafos consistem em um grupo de períodos (frases) que formam uma ideia dentro da temática. Estas sub ideias são destacadas por um recuou na primeira frase.

Assim como os períodos (as frases) devem ter acerca de dez termos (palavras), os parágrafos precisam ter, mais ou menos, uns dez períodos. Isto se trata de um legado de Machado de Assis, um dos maiores escritores do Brasil.

E psicologicamente, quando um leitor contempla, de antemão, pequenos parágrafos, ele é estimulado à leitura. E o oposto de isto é quando ele ver longos parágrafos. 

 

 

 

 

  1. ANIMAÇÃO

 

Ao contrário de um trabalho acadêmico, inclua os seus leitores no desenvolvimento da sua ideia: Faça-os rir, chorar, refletir, etc.. Faz lhes perguntas.

  Não escreva um assunto vago, ou sem sentido. Escreva sob uma inspiração. Sem se desviar do seu tema, emocione seus leitores. Toque em suas almas, através da arte de escrever.

Um tipo de literatura que proporciona grandes vendas são literaturas que envolvem uma população. Procura escrever algo interessantíssimo sobre uma cidade, ou sobre um povo.

 

  1. ESTRUTURA

 

Toda obra depende de uma estrutura, principalmente, um livro. Essa estrutura consiste nos elementos que compõe uma obra. Que são: o Tema, o Título, a Introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Veja:

 

  1. TEMA

 

         Ou título. Elabore um tema bem criativo. Vai trabalhando com ele no período em que estiver escrevendo a tua obra. E vai mudando-o conforme a necessidade. Este elemento precisa despertar o interesse do leitor pelo o teu livro.

Lembre-se, o tema em si, não tem o objetivo de despertar as curiosidades nos leitores. Então, o escritor precisa utilizar o seu dom artístico, e usar a sua criatividade na elaboração de um tema que estimule o interesse do leitor.

          Há muitos casos, que o escritor só percebe a necessidade de mudar o tema, é quando o livro já foi publicado. Então, todos os dias leiam-no e releiam-no. Pede várias pessoas opinião.

 

  1. TÍTULO

 

             O título é uma fragmentação do tema. Como o tema, é infinito, extrai, do mesmo, uma parte em que possa finalizar. Mas ele também precisa ser muito criativo.

 Se a obra tem o tema, é preciso o Título. Mas se ela já é denominada por título, é imprescindível o Subtítulo.

 

 

  1. EXEMPLO DE TEMA, TÍTULO E SUBTÍTULO:

 

  • Tema: “As Guerras que Assolaram a Humanidade”, ou “Guerras”;

Mas, quando irei concluir uma obra que fala de todas as guerras que ocorreram no mundo? Então, é um assunto infinito e se trata de um tema. E para finaliza-lo, tirarei uma fatia, do mesmo. Veja abaixo:

  • Título: “As Guerras na América Latina”, ou “Guerras Latinas”;

Não é uma tarefa pequena, comentar sobre todas as guerras que aconteceram na América Latina, mas já dar para finalizar. Mas, no intuito de não cansar o leitor, não é preciso falar acerca de todas elas, podemos focalizar só em uma guerra, assim, tiraríamos outra fatia. Confira abaixo:

  • Subtítulo: “A Guerra do Paraguai”.

         Assim, ficou uma tarefa em que possamos elaborar com mais facilidade. Mas, “A Guerra do Paraguai”, pede também um Título em que precisamos criar um subtítulo, exemplo: “A Maior Guerra da América Latina”. 

 

  1. INTRODUÇÃO

 

Esta é a introdução primária. Todos os elementos em uma obra são imprescindíveis. Mas, a regência de tudo, estar na introdução. Uma introdução perfeita e composta por, pelo menos, SEIS elementos, a saber: Contextualização, Justificativa, Objetivo Geral, Objetivos Específicos, Metodologia do autor, e apresentação dos Capítulos abordados.

Veja:

O primeiro parágrafo é composto pela CONTEXTUALIZAÇÃO - Contextualizar consiste em inserir mais texto ao tema. Isto se refere em transformá-lo em, pelo menos, um parágrafo. Aqui são apresentados detalhes que enriquece o significado do tema. Cuidado para não explicar o assunto.

O segundo parágrafo é composto pela JUSTIFICATIVA Em esta parte, o autor explicará porque escolheu o tema. Mostrará a sua importância.

O terceiro parágrafo é composto pelo OBJETIVO GERA: Trata-se da apresentação do maior PROPÓSITO aguardado, pelo autor onde é enfatizado o principal fator esperado pelo o autor. É importante mostrar também alguns impedimentos a esse fator.

O quarto parágrafo é composto pelos OBJETIVOS ESPECÍFICOS onde são apresentados os propósitos secundários, terciários, quartanários e etc.. Depois é importante mostrar o que é preciso fazer para atingir essas metas.

O quinto parágrafo é composto pela METODOLOGIA –  Nessa parte da introdução, o autor irá apresentar, no mínimo, quatro informações, a saber: Datas (inícios e fim das pesquisas); O que inspirou o autor a trabalhar esse tema (Vivencia o problema, viu o problema, leu algo a esse respeito, curiosidades e etc..); A filosofia e a formação do autor; Caso, houve gastos com as pesquisas, ou outro meio para conseguir dados para o trabalho, é importante especificá-lo.

O sexto, podendo ser o último parágrafo, é composto pela APRESENTAÇÃO DOS PONTOS ABORDADOS: - Por último, é apresentado os títulos dos capítulos do trabalho. Caso, no decorrer do desenvolvimento for preciso excluir, ou incluir algum capítulo, é preciso fazer alteração neste parágrafo da introdução: excluindo, ou incluindo os títulos dos capítulos.

Depois que o leitor ler uma introdução assim, ele estar preparado para saber se vale apena ler o conteúdo, ou não – decidindo, porém, a ler irá compreendê-lo melhor.

 

  1. DESENVOLVIMENTO

 

               Incluam, de forma hierárquica crescente, os respectivos, capítulos apresentados na introdução. Isto significa que os capítulos precisam ser selecionados. Veja alguns exemplos: O que, Porque, Causa, Consequências (Danos) e Solução.

Lembre-se: o título dos capítulos deve ser inserido no centro da parte superior da página. E os títulos dos tópicos precisam ser inseridos no inicio da margem esquerda da página.

Observação importante elabore uma introdução para cada capítulo. A introdução secundária. Ela deve conter: “apresentação de nome do capítulo”, o “propósito” e “os subtítulos”.

 

  1. CONCLUSÃO

 

           Na conclusão é preciso trazer a tona, o (s) objetivo (s) geral (s). Depois, faça um apelo, ou uma dissertação com base em cada capítulo introduzido e desenvolvido. Na conclusão, o escritor precisa colher o que plantou na introdução e no desenvolvimento. Portanto, precisa ser bem criativa e estratégica, visto que, é preciso prevalecer o objetivo.

 

 

 

 

  1. ALGUNS TERMOS DA NOSSA GRAMATICA

 

A: (Artigo feminino definido). Exemplos: A mulher, A chuva, A porta...

Á: Jamais se deve usar o “a” sozinho com acento: "á". Exceto em mesóclise, veja: Buscá-lo-á, Encontrá-lo-á...

À: A com crase, ou a craseado. A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a + a) escola.

A ocorrência de crase é marcada com o acento grave (`). A troca de escola por um substantivo masculino equivalente comprova a existência de preposição e artigo: Vou ao (a+o) colégio.

No caso de ir a algum lugar e voltar de algum lugar, usa-se crase quando: "Vou à Bolívia. Volto da Bolívia". Não se usa crase quando: "Vou a São Paulo. Volto de São Paulo". Ou seja, se você vai a e volta da, crase há. Se você vai a e volta de, crase para quê?

Outra dica importante para crasear: sempre quando há um termo de gênero feminino, precedido de adjetivos como: alusivo, concernente, pertencente, pertinente, referente, relativo, respeitante, tocante; há crase. Exemplos: “Alusivo à igreja; concernente à chuva; pertencente à mulher; pertinente à venda; referente à família; relativo à festa; respeitante à política; no  tocante à construção da casa”.

 

HÁ: Refere-se ao passado. Exemplos: “Há dois anos; Havia”. E diz também a respeito de algo existente. Veja: “Não há trégua; Há deserto na lua; Há água em marte?” e etc..

 

ESTA: (Pronome feminino demonstrativo). Exemplos: esta mulher, esta casa, esta menina, etc.

 

ESTÁ, ou, ESTAR:

  1. Como “verbo predicativo” Trata-se de possuir ou expressar certo estado temporário; permanecer em determinada circunstância por certo tempo: ele está muito doente? Os trabalhadores estão indignados!
  2. Como “verbo transitivo indireto” Consiste em padecer ou sofrer (quando utilizado com a preposição "com"): ela está com tuberculose; os passageiros estavam com medo. Permanecer, durante um tempo, em determinado momento ou lugar: estamos em greve; o presidente nunca esteve em Madrid. Fazer-se presente; comparecer: o professor não esteve na escola.
  3. Como “verbo transitivo indireto e predicativo” Indica permanecer, durante um tempo, em determinada situação: após o jogo, esteve sempre deitado; estava em último ao deixar o campeonato.
  4. Como, “verbo intransitivo” Indica lugares: estar em casaêtre àla maison, estar em Parisêtre à Paris, estar no aviãoêtredans l'avion, estar num hotelêtre à l'hôtel, Onde estás? es-tu ?Indica um estado, condição: êtreestar bem /mal de saúdeêtreenbonne /mauvaise santé, estar doenteêtre malade, estar frio /quenteêtrefroid /chaud, estar com fome /sede, estar fora de si.
  5. (flexão do verbo “estar” na terceira pessoa do singular do presente do indicativo). Exemplos: Eu estou, tu estás, ele/ela está; ou na segunda pessoa do imperativo afirmativo (está tu). O verbo “estar” indica estado, uma condição. Ou referir o verbo estar (que é no presente), para o futuro, exemplos: amanhã você está são, no ano vindouro você está formado, etc..

 

ESTE (a): (Pronome demonstrativo). Na 1ª pessoa. Refere-se a algo que estar com o falante, a 1ª pessoa do discurso. Sentido: Aqui, Comigo. 

 

ESSE (a): (Pronome demonstrativo). Na 2ª pessoa. Refere-se a algo que estar com quem se fala, a 2ª pessoa do discurso. Sentido: Aí, Contigo, Com você.

 

E: (Termo de ligação). Tem por objetivo ligar palavras entre o período. Exemplos: “José e Maria, Feijão e arroz, Paulo e Silas”.

É: (terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo ser). Exemplos: “José é marido de Maria, Maria é mãe de Jesus, o feijão é caro, o arroz é barato, Paulo é apóstolo, Silas é companheiro de Paulo”. 

AQUELE (a): (Pronome demonstrativo). Na 3ª pessoa. Refere-se a algo que estar com de quem se fala, a 3ª pessoa do discurso. Sentido: Lá, Com ele (a).

PRONOMES: Jamais inicie uma frase com pronomes. Exemplo de frases erradas:

Me fale. Me ouça. Me diga. Etc.. Elas precisam ser escritas assim: Fale-me. Ouça-me. Diga-me. Lembre-se, um advérbio, ou certos termos de ligação, exemplos: “Algum, que, porque, não”, atraem o pronome. Isto é, o pronome próximo ao verbo fica do lado que estão estes termos. Exemplo de frase errada: Porque você não respondeu-me? Exemplo de frase correta: Porque você não me respondeu?

POR QUE: (Separado sem acento)Vem nas perguntas ou quando estiverem presentes (mesmo que não explícitas) as palavras “razão” e “motivo”. Exemplos: Por que você não aceitou o convite? Todos sabem por que motivo ele recusou a proposta. Ela contou por que(motivo, razão) estava magoada.

POR QUÊ: (Separado com acento)Quando: (1º) É a única palavra do período interrogativo, (2º) a última palavra do período interrogativo, (3º) a última palavra do período de resposta.  Exemplos: Por quê? Você sabe bem por quê.

PORQUE: (Junto sem acento). Quando corresponder a uma explicação ou a uma causa. Exemplos: “Não, Bentinho; digo isto porque é realmente assim, creio...” (M. Assis, Dom Casmurro). Comprei este sapato porque é mais barato.

PORQUÊ: (Junto com acento). Quando é substantivado e substitui “motivo” ou “razão”. Isto acontece quando o porquê vem precedido de artigos, ou preposições (exemplos: “o” ou “de”). Veja: Não sabemos o porquê de ela ter agido assim. É uma menina cheia de porquês.

 

TEU: (Pronome pessoal oblíquo).Na 2ª pessoa, refere-se a 2ª pessoa do discurso, ou melhor, com quem se fala. Sentidos: de tu, de você. Exemplos: “Qual é o teu nome?” “Este carro é teu?”.

SEU: (Pronome pessoal oblíquo).Na 3ª pessoa, refere-se a 3ª pessoa do discurso, ou melhor, de quem se fala. Sentidos: dele, dela.  Exemplos: “Deus enviou o seu Filho”, “Jesus derramou o seu sangue”, “Ontem eu vi Paulo com sua namorada”.

MAL: (Substantivo) 1 o que é contrário ao bem mal: as forças do malles forcesdu mal. 2 infelicidade misère: os males da humanidadelesmauxde l'humanité. Há males que vêm por bem. C’est unmalpourunbien.De mal a pior: Cada vez pior de mal en pisadvmal. 3.  De forma não desejada ou conveniente mal: Está mal escrito. C'estmalécrit.Andar mal vestidoêtre mal habillé. Dormir malmaldormir. 4.  De forma contrária ao bem ou à moral mal: proceder malmal agir. Correr mal. ter dificuldades aller mal.  Os negócios dele correm mal. Sesaffairesvontmal.Andar mal: não passar bem de saúde aller mal, avoir mal à : Ela anda mal do fígado. ElleamalaufoieSentir-se mal, ter um mal-estar se sentir mal. Levar a mal: ofender-se: se froisserEla levou a mal o comentário. Elleamalprislaremarque.Conjugação: mal logo que, assim que dès queMal cheguei, vi-a. Dès quejesuisarrivé, je l'ai vue.

MAU:(adjetivo, ou adverbio). E se opõe a BOM: Exemplos: “Ele é um mau profissional.” (x bom profissional);“Ele está de mau humor.” (x bom humor); “Ele é um mau-caráter.” (x bom caráter); “Tem medo do lobo mau.” (x lobo bom).

ONDE / AONDE Desde logo devo esclarecer ao Terêncio Bertolini, de SP, que na fala pouco se faz distinção entre onde e aonde – a diferença de pronúncia é pequena, então não se costuma reparar muito nisso. Aliás, na língua clássica essa distinção não existia. Mas como o leitor manifesta sua vontade de saber sobre "o emprego correto dos dois vocábulos" – certamente porque tem na língua escrita sua ferramenta de trabalho – , vamos lá.

ONDE: (Advérbio). Onde = lugar em que/ em que (lugar). Indica permanência, o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Complementa verbos que exprimem estado ou permanência e que normalmente pedem a preposição em:
      - Onde estás? – Em casa.
      - Você sabe onde fica o Sudão? – Na África.
      - Onde moram os sem-terra?
      - Não entendo onde ele estava com a cabeça quando falou isso.
      - De onde você está falando?
      - Não sei onde me apresentar nem a quem me dirigir.

AONDE: (Adverbio). Aonde= a que lugar. É a combinação da preposição a + onde. Indica movimento para algum lugar. Dá ideia de aproximação. É usado com os verbos ir, chegar, retornar e outros que pedem a preposição a. Exemplos:
      - Aonde você vai todo dia às 9 horas? – A Brusque.
      - Sabes aonde eles foram? – Ao cinema.
      - A mulher do século 21 sabe muito bem aonde quer chegar.
      - Não sei aonde ou a quem me dirijo.
      - Aonde nos levará tamanha discussão?
      - Faz três dias que saiu do Incor, aonde deverá retornar brevemente para uma revisão.
PREFERIR: [Verbo Transitivo (Isto é, verbo que precisa de um complemento para que a ação possa expressar o sentido)]. Gramaticalmente, é errado expressar: “Prefiro muito mais isso do que aquilo”, ou “Prefiro isso tantas vezes isso, mais do que aquilo. Conforme a única regra para se construir frases corretamente, a saber: a Gramática, estas expressões: “muito mais, mil vezes mais, tantas vezes mais”, indicam anterioridade. E a anterioridade, já vem expostas no prefixo do verbo, em discussão, “PRE”.E os termos: “do que”,  são substituídos pelo termo “A”.

Então, orações regidas pelo verbo “preferir” devem ser conforme os exemplos a seguir: “Prefiro isto, a aquilo, Prefiro carro a moto, prefiro pão a queijo” e sucessivamente.

 

HAVIA: (Verbo transitivo). Gramaticalmente, este verbo não varia em número. Mesmo que o seu complemento estas no plural ele continua no singular. Portanto, jamais escreveremos assim, “Haviam muitas crianças” na Escola” e etc.. O correto é: “Havia muitas crianças na Escola”.

ASSISTIR: (Verbo transitivo). O verbo assistir, quando refere ao espectador, se escreve regido pela preposição a. Assim sendo, a frase precisa ser assim: Assistir ao filme. Então, quando o complemento é do gênero feminino, se usa a crase. Confira: “Assistir à ópera”. E etc.. Entretanto, é considerada a mais incorreta as frases, no português do Brasil, “Assistir o filme”, ou “Assistir a ópera”.

Mas quando o verbo assistir refere a “prestar auxílio médico”, não se usa com a preposição a, visto que apenas seleciona objetos diretos não regidos por preposição, daí que a frase correta seja, neste caso, assistir o doente.

MEMBRO: No português do Brasil, este substantivo masculino, é simplesmente, membro, portanto, não há membra.

BARATO: (Adjetivo adverbio e substantivo masculino):

Adjetivo: Que custa menos. Onde que é variado em gênero e números.  Trata-se de um anúncio, ou uma explicação. Assim sendo, há barato e barata (excetuando um inseto). Exemplo: “o carro é barato”, “a casa é barata”.

Adverbio: Por pouco preço. Assim ele não varia em gênero e nem em número. O adverbio barato refere-se a uma proposta e etc.. Como por exemplo: “posso vender o carro barato, posso vender a casa barato”.

Substantivo masculino: Isto é quando o termo é substantivado por um artigo. Assim é variado em gênero e em números. Veja: “Compre o mais barato, Compre a mais barata”. Lembre-se, o termo barato tem várias outras flexões.

CARO: Este termo sofre as mesmas flexões do termo barato.

MEIO: (adverbio e número).

Adverbio: Quando é efetuada uma suposição. Assim ele não varia em gênero e nem em número. Veja: “As mulheres se encontram meio cansadas”.

Número: Quando é demonstrada a medida correta. Exemplo: “Medi a água do balde e ele estava pelo meio”. “A água estava meio quente”.

MEIA: (Número e substantivo feminino)

Número: “Só havia meia caixa d’agua”.

Substantivo feminino: “A meia” (de calçar).

PRECISA: Quando usar à preposição “de”, com verbo precisa?

Ora, gramaticalmente, a preposição “de”, é utilizada antes de quase todos os termos, exceto, os verbos. Veja os exemplos:

Antes de números: “Preciso de vinte pessoas”.

Antes de adverbio: “Preciso de muito mais”, “Preciso de tempo”.

Antes de substantivo: “Preciso de amor, preciso de carinho”.

NÃO SE USA A PREPOSIÇÃO “DE”, ANTES DOS VERBOS.

Neste caso, não é correto escrever: “Preciso de fazer isso, Preciso de correr, preciso de ganhar de ganhar dinheiro”.

O correto é escrever: “Preciso fazer isso, Preciso correr, preciso ganhar dinheiro”.

 

  1. GRAMÁTICA

 

Assim, o profissional da escrita precisa ter um conhecimento seguro, na Gramática, para que possa fazer uma correta correção. Tenda ela como modelo é preciso: Abrir mão dos vícios de palavras; Não procurar, uma palavra bonita, mas a correta; Nessa função, a gramatica será a bússola.

 

 

  1. CONCISÃO

 

Concisão, trata-se em dizer muito em poucas palavras. A expressão concisa e sóbria desenvolve-se no sentido retilíneo, evitando as digressões inúteis, as palavras supérfluas, a desmedida adjetivação e os períodos extensos e emaranhados. O vício contrário de palavras é a prolixidade.

A concisão é composta por: clareza e precisão.

 

 

  • CLAREZA

 

 

Clareza, na correção, é a qualidade primordial de todo texto. Reflete a limpidez do pensamento e facilite-lhe a pronta percepção. A clareza é o resultado da concisão, fator que também repercute na simplicidade da expressão.

 

 

  • PRECISÃO

 

A precisão é escrever direto, evitando palavras inúteis. Veja bem: “Preciso de fazer isso” Mas, se eliminamos a preposição “de” a oração, fica mais fácil “Preciso fazer isso”.

 

  1. NATURALIDADE

 

Sem deixar de ser correta e até mesmo original e colorida, a linguagem pode se revestir numa forma simples e espontânea, de tal maneira que não se note o esforço da arte e a preocupação do estilo.

O uso sistemático dos termos difíceis fere a naturalidade - A frase rebuscada, a expressão empolada e pedante, enfim, tudo o que denota artificialismo e afetação.

 

  1. ORIGINALIDADE

 

É uma qualidade inata ao escritor, um dom natural, que a arte não dá, mas pode aprimorar. Nasce de uma visão pessoal do mundo e das coisas. Contrapõe-se à imitação servil, ao estilo artificial e à vulgaridade.

 

 

  1. COESÃO

 

A expressão máxima da coesão é a harmonia, entre o período, ou o parágrafo, ou o texto.

Veja um erro de coesão, ou amônia, em um período “Pela manhã vamos à biblioteca fazer a pesquisa, a tarde vai ter eleições”.

O que “manhã” tem a ver com a “tarde”, e o que “pesquisa” tem a ver com “eleições”? Nesse caso, é preciso dividir o período em dois: “Pela manhã vamos à biblioteca fazer a pesquisa”. “A tarde vai ter eleições”

 

 

  1. COLORIDO E ELEGÂNCIA

 

Isso são virtudes que dão, à obra literária, o acabamento ideal e o toque da perfeição. Decorrem do uso criterioso das figuras e dos formatos de estilo, exigem imaginação fértil, brilhante e o perfeito domínio da técnica literária.

 

  1. COMUNICAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO

 

É necessário assegurar clareza, objetividade e comunicação. Por isso, ao escrever, convém eliminar palavras muito técnicas, que fazem parte do jargão de uma determinada profissão, e dispensar palavras e expressões supérfluas, evitando redundâncias ou expressões vazias, que procuram apenas impressionar o leitor. Fuja das expressões gastas, dos clichês:

             Nós, enquanto brasileiros,...

             O sol nasceu para todos...

             A questão passa por

       A nível de filosofia, é importante...

             Desde tempos imemoriais

      Observe a seguir os quadros que ironizam a linguagem pedante da tecnocracia. Você pode escolher aleatoriamente um fragmento de cada coluna e conseguirá formar uma frase gramaticalmente aceitável, mas sem conteúdo definido ou consistente.

 

 

  1. DECISÕES EM RELAÇÃO ÀS ESTRUTURAS LINGUÍSTICAS

 

   O falante de uma língua é de certa forma, um poliglota. Ele fala e usa a língua em diversas situações, com distintos objetivos, em diferentes níveis. Há distinções fundamentais nesses usos que é preciso considerar, como as que se dão entre:

  • modalidade oral e escrita
  • registro formal e informal
  • variedade padrão e não padrão.

 

  1. DISTINÇÕES ENTRE AS MODALIDADES ORAL E ESCRITA

 

       Frequentemente confundimos as modalidades da língua oral e escrita. Embora pertençam ao mesmo sistema, essas duas manifestações são apenas parcialmente semelhantes. Considere o seu próprio uso da linguagem e observe que a língua escrita não dispõe dos recursos contextuais, como expressões faciais, gestos, entonação, que enriquecem a oral. Ao escrever, precisamos seguir mais rigorosamente as exigências da língua padrão, porque o nosso interlocutor está distante e é necessário garantir a compreensão.

       Podemos esquematizar nossos procedimentos:

 

  1. NA FALA

 

  • Somos mais espontâneos, não planejamos com antecedência o que vamos falar, a não ser em situações muito formais ou delicadas;
  • Temos apoio da situação física, do contexto, do conhecimento do interlocutor, das expressões faciais, dos gestos, das pausas, das modulações da voz, das referências ao ambiente;
  • Podemos repetir informações, explicar algum item mal compreendido, podemos resolver dúvidas do ouvinte;
  • Usamos frases mais simples, conjunções facilmente compreendidas;
  • É muito comum surgirem na fala truncamentos, cortes, repetições, titubeios e problemas de concordância. Pensamos muito rapidamente e a expressão das nossas ideias pode ser, na fala, um pouco atrapalhada, pois podemos, a cada momento, corrigir e explicar melhor;
  • Usamos expressões dialetais com mais frequência.

 

  1. NA ESCRITA

 

  • Planejamos cuidadosamente o nosso texto para assegurar que o leitor compreenda nossas ideias sem precisar de mais explicações, pois não temos o apoio do contexto, ou seja, não podemos resolver dúvidas imediatamente, não dispomos de recursos como gestos, voz, expressões faciais;
  • Revisamos para avaliar o funcionamento do texto e evitar repetições desnecessárias de palavras, truncamentos, problemas de concordância, regência, colocação pronominal, pontuação, ortografia;
  • Utilizamos sintaxe mais complexa, que permite a exatidão e a clareza do pensamento; assim, as orações subordinadas são mais frequentes na escrita que na fala;
  • Procuramos utilizar um vocabulário mais exato e preciso, pois temos tempo de procurar a palavra adequada;
  • Evitamos gíria e expressões coloquiais, principalmente quando o texto é formal.

 

Portanto, a escrita não é a simples transcrição da fala. Tem características próprias e exigências diferentes. Podemos sintetizar as diferenças no seguinte quadro:

 

FALA:

ESCRITA:

Espontânea

Planejada

Evanescente

Duradoura

Grande apoio contextual

Ausência de apoio contextual

Face a face

Interlocutor distante

Repetições / redundâncias/ truncamentos/ Desvios

Controle da sintaxe / das repetições / daredundância

Predomínio de orações coordenadas

Predomínio de orações subordinadas

  ORAÇÃO COORDENADA = Nenhuma oração coordenada exerce a função sintática em relação à outra. São consideradas orações sintaticamente independentes, embora sejam ligadas pelo sentido. Cada oração coordenada equivale a uma informação. E podem substituir as vírgulas por pontos finais que elas continuam inalteráveis.

 

ORAÇÃO SUBORDINADA = exerce uma função sintática em relação à principal; elas são consideradas dependentes; a oração principal não exerce nenhuma função sintática, no período, e vem sempre acompanhada de uma oração que lhe completa ou amplia o sentido. Na subordinada, apenas a oração principal é a informação. 

 

 

  1. FORMALIDADE E INFORMALIDADE

 

         Tanto a fala como a escrita podem variar quanto ao grau de formalidade.

Há uma gradação que vai da fala mais descontraída

                Oi, tá tudo bem?

A fala mais formal, planejada e mais próxima da escrita.

                Caros ouvintes. Boa Tarde!

 E da escrita mais informal

Tô chegando aí. Deixa o parabéns pra mais tarde!

A mais formal

    Chegaremos ao local da cerimônia com um pequeno atraso em relação à programação anteriormente estabelecida. Solicitamos que as atividades sejam adiadas por alguns minutos.

  Cabe ao falante ou redator analisar a situação, o contexto, e decidir como usar as infinitas possibilidades da língua da forma mais adequada e aceitável, segundo os objetivos do momento. Para isso é imprescindível ampliar continuamente o acervo de opções, ou seja, o vocabulário e as formas de combinação das palavras em frases e textos.

         Um dos problemas mais frequentes na produção de textos de jovens redatores é confusão entre a modalidade oral, que permeia e escrita informal, e a modalidade escrita formal. Para que você tenha ferramentas para analisar essa questão, observe alguns itens que merecem atenção, porque representam estruturas próprias da fala, podem aparecer em textos informais, mas muitas vezes são utilizadas indevidamente na escrita formal:

  1. Formas reduzidas ou contraídas: pra (para); tô (estou); tá (está); né (não é); peraí (espere aí); cê (você); taí (está aí).
  2. Palavras de articulação entre ideias (repetidas em excesso) que substituem conjunções mais exatas: então, daí; aí; e; que.
  3. Sinais utilizados na fala para orientar a atenção do ouvinte: bem; bom; veja bem; certo?; Viu?; Entendeu?; De acordo?; Não sabe?; Sabe?
  4. Verbos de sentido muito geral no lugar de verbos de sentido mais exato: dar, ficar, dizer, ter, fazer, achar, ser.
  5. Gírias e coloquialismos: papo, enche, velho, manera, pega leve, amarra, se toca, rolando um papo, sem essa.
  6. Inconsistência no uso de pronomes: te, você, seu, sua; a gente, nós.

         Esses elementos são próprios da fala espontânea, sem planejamento. Aparecem na escrita de forma eficiente apenas quando se deseja dar ao texto um tom coloquial, informal, um efeito de intimidade que simula a oralidade ou o diálogo.