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AULA IX: FICÇÃO

AULA IX: FICÇÃO

    Em literatura, ficção (latim fictionem, de fíngere= modelar, criar, inventar, imaginar) é uma história inventada, uma criação da fantasia, uma obra do talento inventivo do escritor. História inventada chama-se, estória. Lembre-se, estória é uma história de mentira.

A literatura de ficção pertence ao gênero narrativo e abrange o romance, o conto, a novela, a fábula, o apólogo, a lenda e a história.

    Dentre essas formas de ficcionismo, destaca-se, pela sua extensão, complexidade e importância, o romance, gênero literário para o qual sempre se voltaram às preferências do público leitor.

    Num romance cumpre distinguir:

  1. TEMA OU ASSUNTO

    A ideia central da história.

  1. PERSONAGENS

As pessoas que figuram na história e tomam parte na ação, nos acontecimentos. A figura central no romance é o protagonista.

  1. NARRADOR

    É o que narra os fatos e descreve o ambiente. O narrador é onisciente e pode ser ao mesmo tempo, personagem, participando da ação. Nesse caso, a narrativa é feita na primeira pessoa, como se dá, por exemplo, no romance “São Bernardo”, de Graciliano Ramos.

  1. ENREDO

          É a trama ou urdidura dos acontecimentos e das ações das personagens. Abrange as seguintes frases: apresentação, complicação, clímax e epílogo. Para que o enredo tenha unidade, os fatos devem estar inter-relacionados, de tal modo que uns sejam a consequência dos outros.

  1. AMBIENTE (CONCEITO FÍSICO, ESTÁTICO)

    É o espaço físico, o lugar onde se desenrolam os acontecimentos, e também o meio social, a situação, a atmosfera mental e moral que envolve as personagens e atua sobre as suas ações.

 

 

  1. TEMPO (CONCEITO MUTATIVO, DINÂMICO)

    É a duração do tempo, mais ou menos longa, a hora do dia e a época em que transcorrem os fatos narrados. Pela movimentação dos personagens e a sucessão dos eventos e incidentes, o autor faz com que sintamos a marcha dos acontecimentos.

  1. DISCURSO

É a transmissão ou a referência que o narrador faz da falsa ou do pensamento das personagens.

   O discurso pode ser direto ou indireto.

   O discurso é direto quando são as personagens que falam. O narrador interrompendo a narrativa coloca-as em cena e cede-lhes a palavra.

   No discurso indireto, não há diálogo, o narrador não põe as personagens para falar diretamente, mas se faz intérprete delas, transmitindo ao leitor o que disseram ou pensaram.

   Nota: Resultante da mistura dos discursos direto e indireto, existe uma terceira modalidade d técnica narrativa, o chamado discurso indireto livre, processo mais difícil e menos comum, porém de grande efeito estilístico. É uma espécie de monólogo interior das personagens, mas expresso pelo narrador. Este interrompe a narrativa para registrar e inserir reflexões ou pensamentos das personagens, com as quais passa a confundir-se.